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quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

A força da informação na guerra


Faz-se extremamente relevante uma análise sobre a cobertura jornalística da guerra ocorrida no Iraque ,considerando as relações de aproximação ou cisão desta com os interesses políticos dos governos envolvidos ,em principal ao americano .
Em um plano mais geral,é de interesse estratégico dos países envolvidos numa guerra o domínio das fontes de informação. A informação é a palavra chave para legitimação de uma guerra, já que a maneira como esta é trabalhada influi de maneira decisiva quanto ao apoio ou não da opinião pública. A garantia da consolidação de sua própria versão dos fatos, transformada em versão oficial, auxilia na construção de um consenso, terreno fértil para concretização de objetivos de um governo.
Podemos definir a Guerra do Iraque,com sendo de baixo consenso, isto é, seus argumentos de legitimação (desde o início das investigações quanto a presença e pesquisa de armas quimicas no governo de Saddam) foram alvo de questionamento no plano internacional. A mídia acompanhou o longo processo de negociação dos EUA com a ONU, as inspeções infrutíferas e os relatórios suspeitos, sua busca de apoios bilaterais com vários países. Antes mesmo de começada, a guerra já encontrou resistência e oposição formal que os meios reproduziram, dando maior ou menor ênfase à autoridade afrontada da ONU ou às manifestações pela paz.
Cabe salientar que, a cobertura jornalistica de um conflito internacional tende a acompanhar o grau de consenso nacional e mundial em torno da legitimidade da guerra.
Pensando nisso em relação ao ofício dos jornalistas , pode se apontar como um dos principais problemas enfrentados por estes durante tal cobertura , a dificuldade em dissociar os interesses públicos ou nacionais do interesse do Estado,conseguindo assim transcender as barreiras patrióticas. Para o jornalista é muito mais conveniente a adesão à versão oficial,com toda uma adoção de clichês oferecidos pelo governo. Fugir disso pode parecer no momento como traição aos interesses nacionais e até ser prejudicial à sua carreira profissional. O repórter ao assumir uma postura fora do senso comum (abordando por exemplo a visão do outro lado envolvido na guerra) fica mais vulnerável à criticas,e suas atitudes ficam ao julgamento de sua nação; numa linha muito tênue entre ser politicamente correta e aceitável,ou não... Vide o caso de demissão do jornalista veterano Peter Arnett pela NBC, depois de entrevista à emissora estatal iraquiana em que fazia uma análise crítica à estratégia de guerra de seu país e aos problemas inesperados enfrentados. Qual a posição do jornalista? Representante do seu país? Embora seu compromisso seja com a sociedade americana, e não com o governo Bush, a visibilidade da mídia e sua influência junto à opinião pública, tornam sua situação especialmente delicada.
Supor também que a imprensa deva se posicionar incondicionalmente a favor de seu país na guerra, também acabaria por esvaziar a função social do jornalismo , pois dificultaria o caminho da nação `a assumir alguma postura critica, algo que não se adequaria aos parâmetros de uma imprensa em um pais de regime democrático,estruturada mesmo que apenas idealmente sobre um conceito de ética.
Esse fogo cruzado em que os jornalistas americanos se encontravam começou a se reduzir com o esgarçar do consenso e o fracasso americano no controle das informações ,conseqüentemente abrindo assim o espaço para uma maior pluralização do tema.
Essa pluralização acaba também por gerar um maior amparo para a cisão e questionamento das informações advindas de fontes oficiais. Grande força catalisadora desse processo pode ser atribuída à emissoras internacionais como a RTP e a Al-Jazeera já devidamente trabalhadas na postagem: “Os novos caminhos da informação” .Emissoras estas ,de países que não são diretamente envolvidos na guerra. Grande relevância nesse processo pode ser apontada também na participação na cobertura da BBC da Inglaterra.
A BBC apesar de ser um canal publico de televisão ,se mostrou bastante empenhada em esclarecer a opinião pública e divulgar as manipulações do Estado,atuando de forma conjunta à grande imprensa britânica, e auxiliando no despertar desde o início da guerra a uma reação polêmica em plano internacional.
Um dos casos por exemplo,que provocou polêmica fazendo com que a própria imprensa americana passasse a rever alguns episódios é o exemplo do resgate da soldada Jessica Lynch, uma produção realizada e distribuída pelo Pentágono, dando conta de sua resistência, ferimentos e de uma operação militar delicada e arriscada para seu salvamento. Partiu da TV estatal inglesa, a BBC, a iniciativa de revelar a manipulação que cercou o episódio: o hospital em que se encontrara a soldada, na verdade, já estava ocupado pelas forças americanas, não houve resistência ou ferimentos. Boa parte da carga dramática de uma das primeiras “histórias” a circularem sobre o conflito, assim, era invenção. A BBC julgou que seu principal compromisso era de esclarecimento da sociedade, e só depois desta denúncia é que a grande imprensa americana admitiria ter sido manipulada pelo Pentágono.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Uma compreensão sociológica do combatente




“O verdadeiro prêmio nessa competição é a garantia (temporária) de ser excluído das fileiras dos destruídos e evitar ser jogado no lixo”
Zygmunt Bauman

Ao abordar o tema “Guerra do Iraque” temos o complicado ofício de se relacionar com questões contemporâneas, portanto permeadas por concepções ideológicas referentes ao momento em que vivemos. Contudo partindo do pressuposto que há uma sociologia consolidada sobre a contemporaneidade, na qual o indivíduo é evidenciado com novos simbolismos e relações sociais é interessante transpor o estudo especificamente ao combatente de guerra.
A “Guerra do Iraque” está cronologicamente inserida no período que Zygmunt Bauman (sociólogo polonês) denomina “modernidade líquida”, a sociedade nesse período está em constante mudança, exigindo de seus membros a capacidade de adequação rápida do modo de agir. Até pela rapidez das mudanças que perpassa a sociedade o culto à satisfação imediata, e ao reinício constante sustentam as dinâmicas sociais, reforçando portanto o consumismo como forma de se inserir no “establishment”.
O anseio pelo “establishment” condiciona os indivíduos à situações que não necessariamente os motivem pela causa, pelo contrário, as motivações são construídas de acordo com as exigências de atualidade, e volatilidade que a “modernidade líquida” impõe ao indivíduo. Nesse caso os indivíduos em busca de suas aspirações particulares se sujeitam ao alistamento em troca de determinados benefícios.
O conflito no Iraque é um campo fértil para refletirmos sobre o “pensar” do combatente, pois o exército norte-americano é composto em bom número por estrangeiros, o que difere a “Guerra do Iraque” de conflitos precedentes. A participação expressiva de imigrantes no exército é possível considerando a política governamental de oferecer o status de cidadão norte americano após dois anos de serviço militar.
O imigrante sujeito a diversas formas de coerção por parte da sociedade, e diminuído em relação à cultura estabelecida tem em sua concepção a oportunidade de se integrar, não ser excluído, ou seja, perpetuar a ordem excludente, não à subvertendo. Ao conseguir seu reinício dentro da “modernidade líquida” o novo combatente divergindo das opções patrióticas de outrora não projeta um fim, pois, a dinâmica do reinício na sociedade contemporânea incute a crença na constante transformação, no desapego a simbolismos consolidados.
As referências simbólicas para o combatente são superadas, proporcionando assim uma crise de identidade constante, o que de certa forma é comum ao indivíduo situado na contemporaneidade. Esse indivíduo se estabelece a partir de objetivos imediatos, tendo que agir de forma fluida, aderindo a situação em que se instaura, estabelecendo um desapego ao eterno, e a projetos amplos de bem comum que demandam longa dedicação.
E dentro dessa perspectiva não observa-se necessariamente o heroísmo do combatente, pois não há uma luta pela causa comum, ou pela causa patriótica. As relações sociais vigentes fomentaram um desencanto em relação à objetivos maiores, a morte em combate é enquadrada pelo governo como uma fatalidade necessária a imortalidade da nação. E dentro desse contexto há uma reafirmação de um sistema no qual o estado não consegue gerir plenamente sua segurança, e economia; utilizando enfim combatentes e portanto vidas suscetíveis à um trabalho que não se estabelece patrioticamente devido a fragilidade da questão nacional.

YouTube: Broadcast Yourself.... The War


A verdadeira novidade, jamais antes usada em qualquer tipo de conflito, na cobertura de das notícias e do cotidiano dos soldados foi possível através do site de vídeos da empresa google o YouTube. Neste site em que qualquer pessoa pode se cadastrar e carregar videos caseiros, sofrendo pouco e quase nenhuma censura, muitos soldados que estavam no conflito e viviam o cotidiano da Guerra disponibilizam para todo o globo o dia-a-dia dos soldados e sua interação com os iraquianos. Muitos vídeos demonstram missões em diferentes cidades do Iraque, sem qualquer identificação de data e de local, ou seja, só podemos identificar a localização dos soldados pelos cenários em que estes se encontram e pelos titúlos dados aos vídeos de forma aleatória. Desta forma, vídeos dos soldados americanos no Afeganistão se misturam com os que relatam o cotidiano de soldados americanos e britânicos no Iraque.

Porém, como toda tecnologia esta ferramenta democrática que é o YouTube pode ser utilizado de forma violenta e abusiva trazendo luz a parte obscura dos soldados americanos. Muitos deles tomando atitudes violentas e de péssimo gosto se aproveitam da falta de conhecimento da língua inglesa das crianças iraquianas praticam todo o tipo de abuso verbal: ensinam palavras que podem ofendê-las, xingam seu país e demonstram como não se importam pela sua segurança e bem -estar.

Alguns vídeos também demonstram como os soldados americanos se divertem fazendo clipes musicais no meio do deserto, dançando, cantando, interpretando músicas em meio a equipamentos de guerra a população local e aos restos de cidades bombardeadas. Porém, nem todos os soldados interagem de forma tão grotesca no vídeo intitulado erroneamente de "Soldados americanos torturam crianças" mostra imagens de soldados americanos interagindo pacificamente com a população de uma pequena vila: ordenando e vacinando o gado, conversando civilizadamente com os homens e mulheres da localidade e até jogando e ensinando o futebol para as crianças. Tais vídeos nos trazem de forma assustadoramente real o cotidiano dos soldados americanos no território, cabe agora a nós analisarmos as consequências


Soldado ofende crianças iraquianas: Vídeo 1

Coitidiano dos soldados: Vídeo 1 / Vídeo 2 / Vídeo 3

Interação dos soldados e iraquianos: Vídeo 1

Clipes musicais das tropas americanas: Vídeo 1 / Vídeo 2 / Vídeo 3

Homenagem feita para os soldados que morreram na guerra do Iraque: Vídeo 1

O Iraque hoje


A Guerra no Iraque ja teve a sua bombástica aparição nos meios de comunicação de massas, quando em 2003 tropas estadunidenses começaram as invasões, os bombardeios, posteriormente mostrando o julgamento da pena de morte de Saddam Hussein. Determinadas reportagens mostravam um lado até mesmo bem interessante e ao mesmo tempo triste, quando apareciam imagens e reportagens nos meios midiáticos de como a guerra estava prejudicando fortemente a população civil, com bombardeios de escolas, casas, hospitais, etc.

Atualmente o Iraque não é mais notícia. A mídia oficial, das grandes corporações, parece ter encerrado o assunto, pouquíssimas são as divulgações de notícias atuais sobre o país, como se as tropas americanas ja tivessem regressado aos EUA, como se a democracia no Iraque estivesse funcionando perfeitamente bem, como se não houvessem mais ataques terroristas, e outras coisas mais.

O que pretendo argumentar é sobre a situação caótica atual do Iraque, tirado de testemunhos civis, além de sites como o Yahoo e do Globo.

De acordo com o bispo Shlemon Warduni de Giovanni Cubeddu a situação do Iraque relacionado a violência piorou muito em relação aos tempos de Saddam Hussein, diz o bispo que bastantes atentados com bombas e sequestros vêm ocorrendo na capital Bagdá, e que esses atentados prejudicam a população iraquiana total, não se limitando a motivos políticos, religiosos ou de etnia, porém, ressalta que os atentados contra padres e até religiosos cristãos é bem frequente, conta que ele próprio ja sofreu um atentado de morte nas ruas de Bagdá. Além disso, Shlemon Warduni reclama da alta do preço da gasolina que custava o litro 15 centavos de euro e hoje varia de 1,5 euros até 4,5 euros, e o botijão de gás que custava 75 centavos agora varia de 15 a 20 euros.

A questão dos preços altos de produtos derivados do petróleo demostra como atualmente o petróleo iraquiano está controlado pelas empresas multinacionais americanas. Além do petróleo, lembremos que a escassez de água está cada vez mais grave.

As notícias desse mês no Globo. com falam sobre um possível cancelamento das eleições legislativas previstas para janeiro de 2010 por causa de conflitos políticos, ja que agora as vice-presidências são assumidas por um sunita e um xiita e a presidência por Jalal Talabani, um curdo que critica as poucas cadeiras destinadas aos estados curdos do Iraque para a composição na "nova Casa". Critica também feita pelo próprio povo curdo que ameaça boicotar as eleições se elas ocorrerem.

Além dessas complicações ressaltadas acima, novas reportagens pela Globo.com continuam mostrando casos de violência dos soldados americanos com a população civil e aos encarcerados, a última notícia foi a de uma denúncia de estupro de um garoto de 16 anos contra dos soldados. Algo extremamente lamentável.

O que se espera do Iraque futuramente? Barack Obama prometeu retirada de boa parte das tropas até agosto de 2010 e o resto, destinado a treinar o exército iraquiano, cerca de uns 50 mil, até no máximo 2011. Mas o problema não é apenas o controle das tropas americanas na segurança do país, tem também a questão do terrorismo, dos conflitos internos, das inflações nos preços de produtos básicos e próprios do país. Muitas coisas têm que ser analisadas, revistas. Os EUA não podem simplesmente instaurar o caos e depois se retirarem sem uma solução prática. É um assunto a ser questionado e não deve ser esgotado apenas nesse texto.

Os Novos Caminhos da Informação


Podemos identificar que durante o conflito desencadeado no Iraque diferentes fatores mudaram a forma de cobertura dos acontecimentos da guerra. Uma vez que desde a 1° Guerra do Golfo (1990 - 1991) a dificuldade de se burlar a censura imposta pelo exército americano estava presente para as diversas redes de notícias que tentam enfrentar tal impedimento de forma diferenciada e diversa. Podemos ressaltar o papel de duas emissoras de notícias nesta empreitada: a empresa de rádio e TV portuguesa RTP e a TV do Catar, pequeno país do Oriente-Médio, a Al-Jazeera.

A Al-Jazeera é reconhecida mundialmente pela primeira vez no desenrolar da Guerra do Afeganistão uma vez que esta era a única rede de notícias que possuía autorização do Taleban para adentrar o território do país e relatar os acontecimentos do conflito. Este acontecimento garantiu que a Al-Jazeera levasse para o resto do mundo diferentes histórias sobre o conflito, uma vez que o exército americano só liberava imagens turvas pouco nítidas e pouco realistas de perfeitos bombardeios cirúrgicos e que não mostravam mortes desnecessárias ou vítimas civis. A Al-Jazeera consegue então, relatando o outro lado da guerra, divulgar para todo o mundo que nem todos os ataques aéreos realizados pelo exercito americano eram tão perfeitos assim relatando o bombardeio do prédio da Cruz Vermelha no Afeganistão entre outras tragédias vividas pelos civis.

No Iraque a Al-Jazeera conseguem de forma satisfatória, uma vez que possuía jornalistas em Bagdá e em outras partes do Iráque antes mesmo que os soldados americanos pudessem circurlar pelo território, relatar o cotidiano das ruas das cidades do país através de entrevistas ouvindo suas opiniões e debatendo com eles os acontecimentos do conflito. Tal forma de relatar a Guerra do Iraque obrigou as TVs ocidentais (até mesmo norte-americanas) a adquirirem imagens da empresa de notícias do Catar e deixar de lado as imagens e relatos pouco reais que afirmavam a perfeição dos ataques aéreos cedidas pelo exército americano.

A RTP, que mantinha repórteres no território iraquiano antes mesmo do início do conflito, consegue um furo de reportagem histórico. Mantendo uma equipe no hotel Palestine em Bagdá, o jornalista Carlos Fino e o cinegrafista Nuno Patrício, a RTP conseguiu superar suas concorrentes consideradas muito mais poderosas, a americana CNN e a inglesa BBC, sendo a primeira emissora de TV do mundo anunciar o bombardeio da capital do Iraque pelo exército americano. As reportagens da RTP chamavam a atenção pelo cuidado do repórter em retratar fatos que não eram divulgados em outras redes de notícias. Carlos Fino e seu companheiro transmitiam isenção, equilíbrio e idoneidade nas reportagens, ainda que estivessem confinados em Bagdá e imersos no mundo de Saddam Hussein era perceptível o tom crítico de suas matérias.

No Brasil, a TV Cultura de São Paulo, esta administrada pelo Governo do Estado de São Paulo a primeira emissora de TV brasileira a transmitir a invasão das tropas americanas no Iraque e as primeiras bombas caindo na capital iraquiana, uma vez que a TV Globo normalmente compra as imagens das grandes emissoras anglo-americanas (CNN e BBC). Com o acordo entre a TV Cultura de São Paulo e a RTP possibilitou que a emissora brasileira aproveitasse as reportagens feitas pela equipe portuguesa em Bagdá fossem transmitidas Jornal da Cultura, de transmissão ao vivo diária às 21hs, que graças as diferenças de fuso horário eram transmitidas primeiro em Portugal. Em pouco tempo, Carlos Fino se tornou também o correspondente de guerra do Jornal da Cultura, aparecendo ao vivo diariamente durante o jornal, 21hs da noite no Brasil e c0m o fuso horário: 03hs da manhã em Bagdá. Entre as reportagens da dupla Carlos Fino e Nuno Patrício podemos citar: bombardeios constantes, comentários sobre as bravatas do ministro de comunicação iraquiano, bombardeio de prédios civis, as agruras da população, a chegada dos americanos no aeroporto de Bagdá e o tiro de um tanque americano contra o hotel Palestine que matou vários jornalistas e por pouco não atinge a equipe portuguesa.

Podemos conferir como duas redes de notícias até então reconhecidas como de segundo plano e um pouco afastadas da hall das famosas redes de notícias internacionais como capazes de trazer uma interpretação diferente do conflito e do dia-a-dia da população iraquiana e de suas principais cidades. Tal empreitada foi realizada de forma competente e dinâmica se distanciando das notícias oferecidas pelo meio oficial do exército americano que acabam transmitindo opiniões parciais e com certa tom de propaganda para o poderio militar de ultima tecnologia que esta instituição possui. Vemos desta forma que competência e seriedade jornalística podem ultrapassar a simples exposição de acontecimentos sem qualquer tipo de debate e historização do desenrolar dos fatos e contruir assim para uma verdadeira relação dos fatos cotidianos que se desenrolaram durante a Guerra do Iraque.

Links Interessantes:

Confira a opinião de Carlos Fino sobre os recentes aconteciementos no território iraquiano

Combertura de uma equipe da RTP sobre a atuação da Guarda Nacional Republicana (GNR) de Portugal no policiamento da cidade de Nassirriyah no Iraque em 2003

Vídeo promocional do dia de lançamento da Al-Jazeera English, demosntrando o pionerismo do jornalismo de guerra da emissora do Oriente-Médio em diferentes situações (Guerra do Iraque, Afeganistão, etc..), o sacrifício de alguns repórteres durante o seu ofício e a ira levantada em figuras políticas graças a sua empreitada.



Guerra do Iraque: Análises


A Guerra do Iraque, controversa e polêmica desde seu início, dividiu o mundo entre aqueles que defendiam a invasão de um território controlado por um autoritário ditador e aqueles que viam os motivos alegados pelos governos dos Estados Unidos da América e da Inglaterra como infundadas e que encobriam a verdadeira intenção de controlar as ricas jazidas de petróleo nos domínios de Sadamm Hussein. Desta forma, as grandes potências mundias se colocam contra a invasão do Iraque, até mesmo as Nações Unidas órgão máximo das relações internacionais se coloca contra tal manobra, porém todos os países aderem a uma guerra: a "guerra" da informação. Esta travada de forma totalmente diferente de momentos anteriores, burlando censuras e o impedimento dos exércitos envolvidos na verdadeira Guerra, muitos soldados e postam em diários eletrônicos (blogs) o dia-a-dia do combate, tais depoimentos livres de qualquer censura traziam fotos e vídeos gravados em celulares e máquinas digitais.
Nesse turbilhão de novos acontecimentos desejamos, através deste blog analisarmos os diferentes aspectos que possibilitaram uma cobertura de guerra sem paralelos. Rompendo com a dependência das grandes redes de informação para ter acesso a novas notícias, a internet e as novas tecnologias da informação trazem novas possibilidades para o acesso as notícias do cotidiano do conflito, transformando soldados e a população local em verdadeiros formadores de opinião e profissionais da notícia. Para além da cobertura de guerra, desejamos analisar as figuras envolvidas na Guerra de forma sociológica e psicológica, ou seja, como os soldados envolvidos no combate se colocam, constriuindo opiniões divergentes ou não, sobre a necessidade de adentrar o território tão distante de sua realidade e de seu cotidiano, como tais questões se apresentam hoje? Será que elas mudaram tanto desde os acontecimentos da Guerra do Vietnã? Discutiremos tais questões buscando respaldo de análises acadêmicas e do material coletado em nossas pesquisas e tentaremos trazer alguma luz para tais questões.